O Governo do Estado de Mato Grosso assina, nesta quarta-feira (31), um contrato com a empresa russa que fornece a vacina Sputnik, contra o novo coronavírus, para o fornecimento de 1 milhão e 200 mil doses para Mato Grosso, entre dia 20 de abril e o mês de julho de 2021. Cada dose da vacina custará 9,95 dólares. A Sputnik V possui eficácia comprovada de 91,6%.
A empresa que produz a vacina russa, Inovat Indústria Farmacêutica/União Química, obteve certificação de boas práticas de fabricação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta terça-feira (30).
Segundo a Agência Brasil, a certificação é o documento necessário para obtenção do registro de medicamentos biológicos. Ela garante que as empresas cumprem com as boas práticas necessárias para assegurar a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos.
Segundo Mauro, Mato Grosso tentou negociar com diversas empresas e países. "Mato Grosso tem empreendido muitos esforços. Falamos com embaixadas dos Estados Unidos, Israel, Índia, falamos com empresas. A grande maioria delas se negaram a fazer negociações diretas. Algumas chegaram a dizer que por decisão mundial da empresa o relacionamento da vacina seria diretamente com o governo federal", afirmou.
De acordo com o contrato, será adquirido um total de 1.201.500 doses, sendo necessária a aplicação de duas doses por pessoa para a imunização completa, assim como ocorre com a Coronavac. Cada dose custará U$S 9.95 dólares, resultando em um total de U$S 11,95 milhões – cerca de R$ 67,3 milhões de reais. Os imunizantes serão entregues por lotes. A previsão é que os primeiros lotes cheguem já na segunda quinzena de abril, e os últimos em julho.
O contrato para a compra da Sputnik veio a partir da parceria com o Consórcio da Amazônia e com o Consórcio do Nordeste. "Mais recentemente houve fechamento de um acordo para fornecimento de 37 milhões de doses para estes estados dos dois consórcios, e coube a MT a cota de 1 milhão e 200 mil", afirmou Mauro.
Segundo o governador, o entendimento é de que se o governo federal bancar ou ressarcir os estados, todas as doses devem ir pro Plano Nacional de Imunização. Por outro lado, se for pago pelos estados, as doses ficam com os estados. "Eu sinceramente prefiro que ele não pague, que nós paguemos e que fique conosco. O governo disse e é verdade, temos R$ 100 milhões para pagar vacinas, por isso prefiro pagar as vacinas e ficar com as doses", disse Mauro durante a entrevista coletiva.
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