sábado, 18 de janeiro, 2025

Logo Jornal Folha do Araguaia

Publicidade

Menino de 11 anos é obrigado a trabalhar para ter “cama e comida” em fazenda após ser abandonado pela mãe, diz MP

MP-GO determinou a suspensão da guarda pela mãe e o acolhimento da criança. Mulher disse que filho ‘dava muito trabalho’ e não tem interesse na guarda dele, segundo o órgão.
Por G1 MT
21/09/2023 às 09h52
| Atualizado em 13/09/2023 às 10h07
2023092109574274be16979710d4c4e7c66478560884567297666953873807

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) divulgou que um menino de 11 anos era obrigado a fazer trabalhos braçais em troca de cama e comida em uma fazenda de Mara Rosa, no norte de Goiás. O órgão apurou que a criança foi abandonada pela mãe e determinou a perda da guarda e o acolhimento do menino.

O nome da mulher não foi divulgado, por isso, o g1 não a localizou para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

O dono da fazenda, que fica a 70 km da cidade, disse ao Conselho Tutelar que não tem vínculo familiar com o menino e afirmou que ele foi levado para a propriedade pela mãe há cerca de quatro meses. O g1 pediu informações ao MP-GO sobre o pai do menino, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Segundo o MP-GO, a mãe do menino disse que, quando eles moravam juntos, ele “dava muito trabalho” para estudar e, por isso, o tirou da escola há dois anos. A mulher disse que não tem interesse em retomar os cuidados do filho e o deixou sob cuidados do fazendeiro, conforme apurou o MP.

O menino, que também não ia à escola, deu respostas confusas e desconexas ao Conselho Tutelar que, segundo o MP-GO, são “típicas de vítimas de situações de vulnerabilidade física e social”.

Justiça

A promotora de Justiça Gisele de Sousa Campos Coelho representou à Justiça pela perda do poder familiar da mãe e pediu a “aplicação de medida de proteção e acolhimento institucional para o menino, com a realização de um estudo psicossocial do caso”.

Segundo o MP-GO, a decisão tem como objetivo, garantir a integridade física, moral e psicológica do menino. A juiz Francisco Gonçalves Saboia Neto, que analisou o pedido, destacou um artigo que destaca que “medidas de proteção são aplicáveis sempre que os direitos nela reconhecidos forem ameaçados ou violados por omissão ou abuso dos pais ou responsável”.

O juiz afirmou que a integridade física, moral e psicológica da criança devem ser resguardadas e ela precisa ter “dignidade, respeito, liberdade, convivência familiar e comunitária, a salvo de qualquer tipo de violência, crueldade ou opressão”.

Na decisão, o juiz determinou uma série de medidas, de caráter temporário e excepcional. Veja:

Afastamento da criança do convívio familiar, em especial da mãe;
Acolhimento dele na Casa de Acolhimento de Mara Rosa;
Na unidade, ele deverá receber acompanhamento e tratamento adequado;
Identificação, pelo Conselho Tutelar de Mara Rosa, que qualifiquem eventuais parentes do menino que sejam capazes de recebê-lo com segurança.

Publicidade

Destaques

Agronegócio, Canarana MT
Vice-governador de Mato Grosso visita stand do Sicredi durante Dinetec 2025
Canarana MT
O goleiro Rafael Oliveira, de Canarana/MT se apresenta ao São Paulo nesta sexta-feira dia 17
Agronegócio
Prazo para plantio de soja em Mato Grosso termina no dia 07 de janeiro
Polícia
Polícia Civil prende homem que matou colega de moradia com botijão de gás em Água Boa
Canarana MT, Polícia
Homem ameaça esposa e põe fogo da residência deles em Canarana
Canarana MT, Polícia
Jovem é atingido por disparo acidental de arma de fogo na zona rural de Canarana

Publicidade

Notícias Relacionadas

WhatsApp-Image-2024-12-30-at-10.49.34-2

Destaque

Polícia Civil prende homem que matou colega de moradia com botijão de gás em Água Boa

02/01/25 16:36
amp-sirene-pmmt233

Destaque

Homem ameaça esposa e põe fogo da residência deles em Canarana

02/01/25 16:29
policia-PM-viatura-noturna-SNLucas-Torres

Destaque

Jovem é atingido por disparo acidental de arma de fogo na zona rural de Canarana

02/01/25 16:27